Tuesday, December 20, 2011


In the quiet corner of the empty room, 2009

A lullaby in the quiet corner of the empty room
A mint flavored candy leaps over the heavenly roof
Porcelain palate, glass, velvet veil.
The night arrives at the crescent room,
smiles, dreams, awaits and yearns.


Summer Affair, 2008

This summer I yielded to a flooding tide.
I got up on the small rowboat,
I floated around on the even weeping.
Sluggishly I wished leaving my neglected aim.
Muddy tongues licked up the walls and floor
sucking whatever might be limpid.
Swallowed the roof of the mouth ashore,
the lick undressed the rooms of pomp and pride.
My boat  moved easily to the ceiling limit
where a lustrous beam drooped over the empty light.
I clung my weight to the rusty chain
and drowned in tears for the opaque hurt while
and saw the water overlaid the house,
slowly smoothing the even walls,
the last, intimate, closed,
libidinous soft gesture.


Sunday, December 11, 2011


Este Natal eu vou passar no escuro...

Saturday, November 19, 2011


LRO nov2011
A Caça e o Verbo
Licia Olivetti nov/2011
as sandálias acompanham os pés
como pássaros que alçam passos
tem o pisar peremptório das aves
cada passo dá um ponto final
na madrugada amanha as trevas
circula o céu antevê palavras
plana em busca de ouvi-las frescas 
passa o tempo batendo as asas
garras abertas, caça palavras

verbos garram os pés descalços
como asas seguindo pássaros
juntos dançam no palco aéreo
recolhe a caça,  aninha, abraça


inala palavras, exala aglutinações

Tuesday, November 15, 2011

Borras de Sal


LIC, LRO nov2011

O homem parece dançar entre as pedras quentes. Seus pés mergulham na areia grossa e a água fresca passeia entre seus dedos. Um peixe minúsculo mora entre o dedo médio e o dedo grande. As unhas riscam certos nomes nas paredes da recâmara, furam meias por onde a alma passa inteira e foge para a cela ao lado. A mulher carangueja entre os grãos de areia. Ali perecem a flor e o fruto.

O amor é o louvor amargo de muitas lágrimas. Todos os dia um esforço tão grande para refazer o anelo, andar sobre o fio do cutelo, semear confiança em terra de fuga e risco. O corte ou o estilhaço são as escolhas que as nuvens carregadas pelo vento têm.

O amor  quer afoguear-se em castos prazeres. A culpa espera cada gemido para mostrar seu olho. De antigos missais ressurgem preces, promessas feitas no amargor do momento, desalentos profundos que hoje são  apenas borras de sal... O perdão encobre o verdadeiro caráter das coisas e desditoso reinstaura a rotina.

O amor cai em nossa vida como uma pedra e nos soterra em pranto. Depois fica ali brincando de estátua, dia após dia desfazendo-se em sal, assoreando de areia os caminhos que levam ao amanhã.

O amor é sóbrio de inteligência.
Licia Olivetti 2011

Monday, September 26, 2011

Portuguese Tutoring

Besides being a blogger, I am also a Portuguese tutor.
You can contact me at
Obrigada,
Licia
Ela ficava escondida debaixo da luz...

LO (NYC 27.08.11)