Vãos, Licia Olivetti 2010 NYC ©
Tudo se perde.
Tudo se esvai.
Escorre pelos vãos dos dedos
em gestos abissais,
mergulha na areia,
perdido num mar de grãos.
Nada será,
como nada, às vezes, pode ser tão cruel.
O fadário,
com sua mão de mar,
atira com violência
o náufrago às pedras,
traste, pano sujo,
plástico, galho de árvore,
alga morta agarrada às rochas.
O gesto inútil,
o grito vago,
as marcas da batalha enfim perdida.
Medalha de marisco,
honra de camarão.
O mar que ofende a pedra,
a pedra que traga o mar.
O sol que seca o sal,
ruído que embala o mar,
venta venta moinho,
o tempo que faz andar
Outro dia, outra hora,
nova vida, outro amor.
Tristeza,
casa do pavor,
a hora de ir é sempre a boa hora.
Tudo se perde.
Tudo se esvai.
Escorre pelos vãos dos dedos
em gestos abissais,
mergulha na areia,
perdido num mar de grãos.
Nada será,
como nada, às vezes, pode ser tão cruel.
O fadário,
com sua mão de mar,
atira com violência
o náufrago às pedras,
traste, pano sujo,
plástico, galho de árvore,
alga morta agarrada às rochas.
O gesto inútil,
o grito vago,
as marcas da batalha enfim perdida.
Medalha de marisco,
honra de camarão.
O mar que ofende a pedra,
a pedra que traga o mar.
O sol que seca o sal,
ruído que embala o mar,
venta venta moinho,
o tempo que faz andar
Outro dia, outra hora,
nova vida, outro amor.
Tristeza,
casa do pavor,
a hora de ir é sempre a boa hora.
No comments:
Post a Comment
Note: Only a member of this blog may post a comment.